terça-feira, 22 de junho de 2010

MARADONA É UM CLOWN!



Futebol é claro, também é poesia.
É o bombardeio de maravilhas e irritações.
É o misto de dançar no chamado "equilíbrio precário" e ser bobo. Por quê não ser bobo? Por quê não brincar com quem somente brinca? Por quê não divertir-se com algo que foi feito pra isso?
Futebol é ser palhaço.
E em um mundo onde o "comprometimento" e os discursos pragmáticos invadiram o futebol, a anárquica postura de Maradona salva uma competição chata, cheia de orientações carregadas do chamado "futebol resultado".
Maradona é a própria brincadeira do futebol.
É o falso e o verdadeiro juntos.
O lúdico que se engana. O que beija, agarra, o que quer jogar sempre.
Maradona é futebol quer quer diversão. E não ser Alemanha.
Maradona é o que diverte o mundo. O CLOWN!

A MULHER QUE VIRAVA ÁGUA.



"Sempre achei que o céu fosse de licor. Um licor azul de tão gostoso. E que se eu estendesse a mão poderia esparramá-lo por todo o ar. Tomar banho de licor azul. E fecundaria dentro de mim um grande pé de eucalipto. O maior que já se viu. Bonito, frondoso e muito, muito perfumado. Seria meu filho. Florescido do meu útero de licor azul. Não o levaria a escola. Lá eles não gostam de eucaliptos. Não gostam de jacarandás. De abacateiros nem de cajueiros. Escolas gostam de mortos. E eu não vou parir nada morto. Tudo vivo, vivinho. Meus filhos não são de escola... Vou levá-los sempre que puder ao jardim das margaridas para que possam compartilhar suas sombras e sua caridade. Os jardins são reinados sem príncipe, sem rei, sem mestre, sem dono ou dona. Todos nos jardins são iguais. Rosas são lírios. Lírios são cravos. E cravos são begônias. Todo encantamento de uma beleza verdadeiramente honesta."

Trecho do conto "A MULHER QUE VIRAVA ÁGUA" de 2002.
Em outros momentos, vou publicar mais trechos.

ALIMENTO



Quero a vida suculenta em bons lençois,
em afagos e suspiros,
para que o inventado poeta que mora em todos nós,
possa em versos, dar de comer e beber aos nossos filhos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MORRE O ESCRITOR PORTUGUÊS JOSÉ SARAMAGO


Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Em 1998, Saramago ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa.

A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na sua residência dele em Lanzarote "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".

O escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses. Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.

"Ser comunista é um estado de espírito", disse José Saramago
Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois.

Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, onde viveu até hoje.

Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).

O livro Ensaio sobre a Cegueira (1995) foi transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008.

A primeira biografia de Saramago, do escritor também português João Marques Lopes, foi lançada neste ano. A edição brasileira de "Saramago: uma Biografia" chegou às livrarias no mês passado, com uma tiragem de 20 mil exemplares pela editora LeYa.

Segundo o autor, Saramagou chegou a pensar na hipótese de migrar para o Brasil na década de 1960. "Em cartas a Jorge de Sena e a Nathaniel da Costa datadas de 1963, Saramago considera estes tempos em que escreveu e reuniu as poesias que fariam parte de 'Os Poemas Possíveis' como desgastantes em termos emocionais e chega mesmo a ponderar a hipótese de migrar para o Brasil. Esta informação surpreendeu-me bastante, pois não fazia a mínima ideia de que o escritor chegara a ponderar a hipótese de emigrar para o Brasil e por a mesma coincidir com o período da história brasileira em que esteve mais iminente uma transformação socialista do país", disse Lopes em entrevista à Folha.com.

Após lançamento da biografia, Saramago classificou a obra como "um trabalho honesto, sério, sem especulações gratuitas".

Ajuda ao Haiti
Saramago relançou em janeiro deste ano nova edição do livro A Jangada de Pedra, que tem toda a sua renda revertida para as vítimas do terremoto no Haiti. O relançamento da obra foi resultado da campanha "Uma balsa de pedra a caminho do Haiti", que do integralmente os 15 euros que custará o livro (na União Europeia) ao fundo de emergência da Cruz Vermelha para ajudar o Haiti.

Em nota, Saramago havia explicado que a iniciativa é da sua fundação e só foi possível graças à "pronta generosidade das entidades envolvidas na edição do livro".

VESSILLO MONTE



Belíssima crônica escrita pelo Jornalista Lira Neto, no Jornal O Povo(18/06/2010) sobre o Fantástico Vessillo Monte.

Eu conheço um gigante

Avesso a qualquer espécie de convencionalismo, politicamente incorretíssimo, inimigo número um do bom-mocismo, contestador profissional, o cinquentão Vessillo Monte hoje pode ser confundido, pelos mais desavisados, com um sujeito de maus-bofes, um troglodita, mitômano, a mais intolerável e intolerante das criaturas

Lembro do dia em que um sujeito, pós-doutor, professor de uma universidade federal, entrou furibundo em minha sala. Vinha bufando. Parecia um possesso. Diante de minha mesa de editor, ele brandia os originais do texto que escrevera para uma coletânea de artigos acadêmicos que iríamos publicar em forma de livro. O material havia sido devolvido a ele pela editora no dia anterior, como de praxe, para que aprovasse e tivesse ciência de todas as padronizações e correções gramaticais sugeridas pelo pessoal da revisão.

Olhei de relance para as páginas que o professor sacudia no ar e vi que elas estavam, de cima a baixo, rabiscadas de caneta vermelha. O revisor fora minucioso, compreendi. "Quem fez isso no meu texto?", gritava o arrebatado professor. "Quem se atreveu?", cobrava-me explicações.

Pedi que sentasse, mandei vir água e cafezinho. Então folheei aquelas cerca de duas dúzias de páginas, escritas no mais inconfundível jargão acadêmico. Percebi de imediato o motivo de tanta fúria. Além das habituais questões de gramática e estilo, o revisor apontara uma série de graves imprecisões históricas que comprometiam sobremaneira o conteúdo do texto. O conceituado professor, uma sumidade entre os pares, sentira-se agredido. "Quem esse revisorzinho pensa que é?", exaltava-se. "Ele por acaso é historiador? Qual a titulação dele?", indagou.

Como eu já estava acostumado àquele tipo de cena, sugeri que o professor fosse conversar pessoalmente com o próprio revisor, que estava sentado logo ali na sala ao lado, separada da minha apenas por uma parede de vidro. Ele foi. Saiu soltando faísca pelo caminho. Pela vidraça, acompanhei o resto do drama. Pareciam dois peixes briguentos, barbatanas eriçadas, dentro de um aquário.

Olhei o relógio. Uma hora depois, ele e o revisor ainda conversavam. Mas, como eu previra, o professor foi paulatinamente se acalmando. Passou a ouvir, mais do que falar. Porque já era próximo do meio-dia e parecia reinar a calma na sala ao lado, saí para almoçar. Quando voltei, duas horas depois, os dois permaneciam lá, agora conversando animadamente. Por causa do vidro espesso, eu não podia escutar o que diziam, mas pelos respectivos semblantes sabia que haviam chegado a bom termo. Ao final, o professor retornou à minha sala. "De onde saiu esse cara que trabalha aí ao lado?", indagou-me, com incontido entusiasmo. "O cara é um gigante!", definiu. O "gigante" em questão havia convencido não só o pós-doutor a reescrever o texto, mas ainda lhe sugerira bibliografia mais robusta e também um novo enfoque para certas passagens do trabalho original. O nome do gigante era Vessillo Monte.

Já falei dele aqui, uma ou duas vezes, nestas minhas despretensiosas crônicas semanais. Mas nunca considerei o bastante. Para fazer-lhe a devida justiça, eu sempre quis assim, uma crônica inteira só para ele. Aliás, a história de Vessillo Machado Monte daria um livro. Talvez, quem sabe, uma biografia em vários volumes. Vessillo é uma dos caras mais brilhantes que já conheci em toda a minha vida. O mais presepeiro, o mais iconoclasta, o mais desabusado também.

Tive a sorte de conhecê-lo quando eu ainda era um jovem recém-chegado à faculdade. Ali, Vessillo já era o dono do pedaço. Ele era aluno do curso de História, mas frequentava como ouvinte outros cursos também, pelo simples prazer de travar intermináveis pugnas intelectuais com os professores, saindo-se sempre vitorioso de todas as contendas. Sua enorme versatilidade fazia-o dissertar, por horas, sobre literatura, filosofia, história, artes e, também, sobre uma de suas maiores paixões, a música de Noel Rosa.

Vessillo sempre teve uma dessas inteligências vastas, ecléticas e luminosas, como as que não se encontram mais hoje em dia, nesse mundo de especialistas. Àquela época de estudantes, uma vez, testemunhei um professor medalhão do curso de Letras, professor de teoria literária, chamá-lo a um canto após a aula e implorar-lhe para que nunca mais aparecesse ali, pois temia estar se desmoralizando diante do resto da turma. Vessillo acabou dando uma banana para a faculdade e tratou de continuar sendo o autodidata que sempre foi. Sua biblioteca de estudante era uma das mais espantosas nas quais eu já havia batido o olho até então.

A esse tempo, além de tudo, Vessillo era um homem bonito. Vi dezenas de mulheres lindas, justamente as garotas mais cobiçadas de toda a universidade, atirarem-se sôfregas a seus pés. No boteco ao lado do campus, turmas inteiras de marmanjos e donzelas pagavam-lhe noitadas homéricas de cigarro e cerveja, só para vê-lo declamar poesia e para ouvi-lo contar as histórias mirabolantes de suas muitas aventuras amorosas. A maioria das quais, aqui, impublicáveis.

Avesso a qualquer espécie de convencionalismo, politicamente incorretíssimo, inimigo número um do bom-mocismo, contestador profissional, o cinquentão Vessillo Monte hoje pode ser confundido, pelos mais desavisados, com um sujeito de maus-bofes, um troglodita, mitômano, a mais intolerável e intolerante das criaturas. É verdade que realmente ninguém sabe ser, quando quer, tão desagradável e irascível quanto ele. Fala alto, solta palavrões cabeludos a três por dois, descuidou-se da aparência física. Mas, para quem o conhece a fundo, sabe que na verdade ele é um lord vestido na falsa pele de cão hidrófobo.

Desde que o conheço - e lá se vão cerca de trinta anos - Vessillo tem sido sempre um dos leitores prévios de qualquer livro que publico. Tudo o que escrevo passa obrigatoriamente por seu crivo rigoroso. Ele tem sempre uma extraordinária sugestão a dar, uma necessária correção de rumo a fazer, um imperativo puxão de orelha a providenciar.

Certa vez, por alguns breves instantes, botei o olho nos manuscritos do livro que Vessillo diz escrever há pelo menos vinte anos. Por vezes, as "Crônicas do Céu e do Inferno", de Vessillo Monte, me fazem lembrar "Uma história oral do nosso tempo", a obra monumental que Joe Gould jurava estar escrevendo para Joseph Mitchell. A diferença é que o livro de Vessillo existe, assim creio eu; o de Gould, não.

Fortaleza nem imagina que tem um gênio perambulando anônimo por suas ruas calorentas. Ele não dirige, não toma táxi, não gosta de andar de ônibus. É um andarilho contumaz, por isso pode ser visto, suando em bicas pela avenida 13 de Maio, sempre com um livro ensebado debaixo do braço, a cabeça quase careca fervilhando de ideias sob o sol, o desaforo pronto na língua para qualquer transeunte que se ponha no caminho. Já foi atropelado, entrou em brigas, perdeu os dentes, a família quis interná-lo em hospício, tem parafusos de metal na perna reconstituída em uma mesa de cirurgia.

Se cruzarem com ele, não o tenham na conta de um lunático, um simples boêmio errante, uma alucinação em forma de gente. O nome dele é Vessillo Monte. E, saibam, ele é mesmo um gigante.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"DO AMOR E OUTROS DEMÔNIOS" NO CINE CEARÁ



20º CINE CEARÁ EXIBIRÁ EM SUA ESTRÉIA

DO AMOR E OUTROS DEMONIOS / DEL AMOR Y OTROS DEMONIOS
Hilda Hidalgo. Ficção. 35mm. 97 Min. Cor. Costa Rica/ Colômbia. 2009

Numa época de inquisição e escravidão, Sierva Maria quer saber a que sabem os beijos. Ela tem 13 anos, é filha de marqueses e foi criada por escravos africanos na Cartagena de Índias colonial. Quando um cachorro com raiva a morde, o Bispo acredita que está possuída pelo demônio e ordena Cayetano, seu pupilo, que a exorcize. O Padre e a menina serão seduzidos por um demônio mas poderoso que a fe e a razão. Com um olhar pessoal e intimista, e uma linguagem que lembra as pinturas da Renascença, “Do amor e outros demônios” conta uma das mais provocadoras histórias de amor de Gabriel García Márquez.

HILDA HIDALGO: Cineasta costarricense, formada como diretora pela Escola Internacional de Cine e TV de Cuba, tem escrito e dirigido meia duzia de curtas de ficção e documentários em Costa Rica, Itália, França, Bután, Benin e os Países Baixos. No documentário tem trabalhado temâticas sociais, de gênero e desenvolvimento sustentável. Suas histórias de ficção tratam sobre o desejo, a sensualidade e o onírico. Do amor e outros demônios é seu primeiro longa metragem. Atualmente trabalha no roteiro do seu próximo filme Estação violenta. Suas produções tem participado em festivais de Turquía, Cologne, Cuba, Cartagena, Rímini, Creteil, Amsterdam, San Francisco e Chicago, entre outros.

PIMENTAS

Quando ela apontou pra mim
percebi que seu dedo era de moça.
Vermelha e insinuante.
E me indagava se quando a penetrava
sentia em meus lábios
a dor do amor picante.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ABRA A BOCA

Não.
Definitivamente não quero exaltar o silêncio.
Sei que sou quieto, falo pouco, sou guardado dentro de escolhidas palavras.
Mas isso não significa que conclamo a todos que se calem. Não faço apologia ao silêncio.
Pelo contrário.
Existe um grito pensante dentro de cada um de nós que deve ser comunicado ao mundo.
Vai lá.
Fala.
Grita.
Dá um Berrinho ou até um sussurro.
Mas não deixe passar a oportunidade de dizer o que se quer dizer.
Talvez assim, possamos colaborar para a desconstrução de determinados valores e medos. E para o surgimento de novos caminhos e perpectivas.
Fique à vontade.
Abra a boca e...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ELETROCACTUS NO TJA

THEATRO JOSÉ DE ALENCAR - 100 ANOS



No começo do século XX, o Theatro José de Alencar foi desejado como um atestado de civilização e modernidade para Fortaleza. Um grande teatro que colocasse a cidade na rota de solistas e companhias internacionais de ópera que chegavam a América do Sul, com suas óperas e concertos. Cem anos após, a ocupação da casa se dá de forma inversa: o TJA centenário em 2010 é o espaço de encontro entre a produção artística do Ceará e circuitos de produção da cena internacional. Ao longo do mês de junho, 117 grupos e solistas “pratas da casa” se abrigam no primeiro centenário Theatro e no seu entorno.
117 é um número significativo a contar que há 100 anos no dia 17 de junho de 1910 nascia em Fortaleza um dos seus principais palcos. Os solistas e coletivos artísticos do Ceará (música, artes visuais, teatro, dança) vão entrar em cena diariamente às 18h na calçada. A ocupação marca território e amplia as atividades do Theatro para a Praça José de Alencar. O TJA também funcionará no mês do seu aniversário de segunda a domingo, com visitas guiadas de hora em hora gratuita.
Ao longo desta trajetória, o TJA se consolida como palco de usos e ocupações das mais distintas: uma escola livre de artes cênicas, um ponto de encontro da cidade, um jardim público, um lugar de conferências, convenções de partido político, moradia, cenário de casamento, quermesse e bailes de carnaval. Mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura, é considerado um dos mais belos teatros monumentos do País com sua estrutura de ferro trazida da Escócia, sala de espetáculo para 800 pessoas e jardim público projetado por Burle Marx. No Ceará, foi nomeado para homenagear o grande romancista do Ceará.
No dia 17 de junho, dia do aniversário, a ocupação começa às 8h da manhã, com um grande festejo popular na Praça José de Alencar. Serão 60 coletivos na Praça, que se misturam aos visitantes e transeuntes nos festejos que comemoram a passagem do primeiro centenário. Bandas de música, circo, bois, quadrilhas juninas, atores, grupos de teatro, todos reunidos e recebendo o público com esquetes, performances e apresentações. A temática da programação na Praça será as festas e folguedos populares juninos, quando a programação intensa se ocupa dos espaços cênicos.
A programação completa está no site da secult:
www.secult.ce.gov.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

EDITAL DO PRÊMIO MAIS CULTURA DE LITERATURA DE CORDEL 2010 - EDIÇÃO PATATIVA DO ASSARÉ



O Ministério da Cultura, por iniciativa da Diretoria do Livro, Leitura e Literatura da Secretaria de Articulação Institucional, e o Banco do Nordeste anunciam o lançamento nacional do edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré que contemplará 200 iniciativas vinculadas à criação, produção, pesquisa, difusão da literatura de Cordel e linguagens afins.
O anúncio será feito durante a entrega de Prêmios do Edital dos Microprojetos Mais Cultura aos selecionados da região do Cariri Cearense e contará com apresentação de renomados artistas populares do Nordeste.
O evento ocorrerá no dia 08 de junho, às 18h, no Centro Cultural BNB Cariri, em Juazeiro do Norte (CE), situado à Rua São Pedro, 337, Centro.
Informações detalhadas em MAIS CULTURA.

CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA

Fortaleza realiza eleições para o Conselho Municipal de Política Cultural

Serão eleitos 21 conselheiros da sociedade civil organizada que irão, juntamente com o poder público, propor políticas públicas para a Cultura no município

Fortaleza vivencia a partir da próxima segunda-feira (7) um novo momento para a Cultura da Cidade. É nesse dia que terão início as inscrições para o cadastro cultural que permitirá o lançamento de candidaturas para as eleições de representantes da classe artística e sociedade civil que irão compor o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), constituído pela lei municipal 9.501, de 2009. As pessoas interessadas em participar devem se inscrever até 7 de julho, preenchendo uma ficha disponível no portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br) ou no site da Secretaria de Cultura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br/cultura). Quem preferir, pode encontrar as fichas também na sede da Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 4 – Centro) ou nas Secretarias Executivas Regionais, onde os formulários devem ser entregues, de 8h às 12h e de 13h às 17h.

O Conselho é um órgão colegiado, integrante do Sistema Municipal de Cultura, cuja principal missão é fiscalizar e elaborar políticas públicas para a Cultura de Fortaleza, por meio da articulação e do debate entre os diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada, visando o desenvolvimento e o fomento das atividades culturais em âmbito local. “O momento é histórico porque a população de Fortaleza torna-se protagonista do processo de construção das políticas públicas voltadas para a Cultura. O Conselho irá promover uma gestão democrática e autônoma da Cultura no município”, explica a secretária de Cultura de Fortaleza, Fátima Mesquita.

Entre outras funções, são competências do CMPC elaborar, acompanhar e avaliar a execução do Plano Municipal de Cultura; fiscalizar, acompanhar e avaliar a aplicação dos recursos provenientes do Município no processo de fomento à cultura; apoiar os acordos para a implantação do Sistema Municipal de Cultura; e incentivar a participação democrática na gestão das políticas e dos investimentos públicos na área da cultura.

Para escolher os representantes da sociedade civil e da classe artística que irão fazer parte do Conselho, a Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), de acordo com a Lei que cria a CMPC, realiza uma eleição que irá envolver toda a cidade. O primeiro momento do processo eleitoral é a inscrição no cadastro cultural de Fortaleza até 7 de julho. A segunda etapa é o registro de candidaturas que irá ocorrer de 23 de julho a 2 de agosto, em dias úteis, de 8h às 12h e de 13h às 17h, na sede da Secultfor. A eleição será realizada no dia 15 de agosto, em um único local, a ser divulgado posteriormente.

RENEGADOS



Vale a pena conferir "Show 11/06 no Dom Caixote Bar, 21h. Joaquim Nabuco, 2260 + Reprise do PROGRAMA CENA ROCK na TVC 09/06 às 20h.