Publico aqui matéria do jornal "O Estadão" de São Paulo, sobre pastor norte-americano que faz campanha para criar o "Dia Internacional de queima do Corão".
GAINESVILLE - O pastor Terry Jones, líder de uma pequena igreja na Flórida que prega uma filosofia anti-islâmica, disse nesta quarta-feira, 8, que está determinado a executar seu plano de queimar exemplares do Corão para lembrar os ataques terroristas de 11 de setembro mesmo pressionado pela Casa Branca e por outras religiões.
"Estamos determinados a fazer isso", disse ele ao canal CBS. Logo após Jones anunciar a ideia, o governo americano e a até militares criticaram a iniciativa. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, e o comandante das tropas americanas no Afeganistão, o general David Petraeus, condenaram a atitude. O Vaticano também rejeitou a ideia.
O pastor disse que recebeu mais de cem ameaças de morte e que desde então passou a portar um revólver de calibre .40. Em julho, ele declarou que faria campanha pelo "Dia Internacional da Queima do Corão".
Pessoas que apoiam a iniciativa de Jones passaram a enviar cópias do livro sagrado do Islã para seu email. No dia 11 de setembro, quando os atentados contra o World Trade Center completarem nove anos, todas serão jogadas em uma fogueira. "Em vez de recuar, é hora de se levantar. Talvez seja a hora de enviar ao Islã radical dizendo que não mais aceitaremos o seu comportamento", disse o pastor na entrevista.
Segundo Jones, o Corão é "maléfico" por expor uma verdade que não é a da Bíblia e incita um comportamento violento entre os muçulmanos. Os islâmicos consideram o Corão e todo material que tenha seus versos ou os nomes de Allah e do profeta Maomé como sagrados. Qualquer ação que danifique ou desrespeite o Corão é considerada extremamente ofensiva.
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