Foto: Celso Oliveira
Ao poeta Elias de França,
depois de bolinar prazerosamente suas Cantigas
Há quem diga que os homens
Nascem da terra barrenta
Feito flores
Ou que nascem do crepúsculo vermelho
Ao final do dia
Feito dalvas estrelas.
Ou até do óbvio parto dos mamíferos
Depois daquela agonia pela qual
Só as mães são capazes de resistir.
Tantos nascedouros têm o homem.
De tantas formas tem de eclodir
E vir ao mundo.
Mas o maior de todos os nascimentos
Talvez não venha da terra
Nem do céu
E muito menos da carne.
Não há maior desabrochar
E rasgar o véu da vida
Senão do nascimento pela palavra.
Surgir em poesia
Meter os pés pelas mãos
Numa revoada de idéias
Que nos atiram a um tempo que não é nosso
Porque a palavra não pertence ao tempo
Nem tampouco a lei nenhuma.
A palavra revela a alegria
De tudo que se deseja e se quer sentido.
Pois o sentido depende
De tudo que queremos amar e lutar.
Vai poeta, chama os amigos.
Convida-os a um bom copo de vinho
E festeja a tua palavra
Porque ela ama e quer viver.
Obrigado por ela.
depois de bolinar prazerosamente suas Cantigas
Há quem diga que os homens
Nascem da terra barrenta
Feito flores
Ou que nascem do crepúsculo vermelho
Ao final do dia
Feito dalvas estrelas.
Ou até do óbvio parto dos mamíferos
Depois daquela agonia pela qual
Só as mães são capazes de resistir.
Tantos nascedouros têm o homem.
De tantas formas tem de eclodir
E vir ao mundo.
Mas o maior de todos os nascimentos
Talvez não venha da terra
Nem do céu
E muito menos da carne.
Não há maior desabrochar
E rasgar o véu da vida
Senão do nascimento pela palavra.
Surgir em poesia
Meter os pés pelas mãos
Numa revoada de idéias
Que nos atiram a um tempo que não é nosso
Porque a palavra não pertence ao tempo
Nem tampouco a lei nenhuma.
A palavra revela a alegria
De tudo que se deseja e se quer sentido.
Pois o sentido depende
De tudo que queremos amar e lutar.
Vai poeta, chama os amigos.
Convida-os a um bom copo de vinho
E festeja a tua palavra
Porque ela ama e quer viver.
Obrigado por ela.