Corre nas asas da Mariposa, a eletricidade da revolução, do olhar irreverente do artista mambembe, do doido dono de circo e de todos aqueles que se arriscam na caixa preta do teatro. Assim como o cobre é o condutor nobre da fantástica energia elétrica, a poesia se manifesta como a grande mágica que faz tudo funcionar dentro da caixola que é a imaginação humana.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
PAISAGEM DA PEDRA
Salpiquei sobre a paisagem da pedra
Um pouco daquele sal
Que guardamos nas camisolas do tempo.
E ao tocar o lago
Que não era verde nem azul
Senti que tudo estava mais perto
E que a pedra falava comigo
Através do idioma do bem.
Remexi naquele dia
Com a criança que bolina o coração da cozinha,
Assaltando a dispensa
E metido em saliências com os bichos da casa.
Criança baladeira
Que não é mais do que osso,
Couro e sobrancelha
Que cheira naturalmente
Ao azedume daqueles que nascem
Do sonho e da terra.
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Que delicia!!! desculpe, mas minha limitação não permite nada além do adjetivo: Delicia!!! é minha melhor interjeição de prazer!!!
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